Teve lugar esta noite, às 22h00, a Sessão de Encerramento do Festival de Cinema Queer Porto 7, na Pequeno Auditório do Teatro Rivoli, onde foram anunciados os prémios da Competição Oficial, Competição In My Shorts de Curtas-metragens de Escola Portuguesas, e do Prémio Casa Comum.
Tendo decorrido já com o levantamento das restrições de lotação de sala, a 7ª edição do Queer Porto pôde também já voltar a receber convidadxs internacionais, assim como vários realizadorxs portuguesxs. De destacar igualmente o alargamento do programa e atividades do festival a vários espaços da cidade do Porto, com expressiva adesão do público.
A próxima edição do Queer Porto irá decorrer em outubro de 2022 no renovado Cinema Batalha.
PALMARÉS QUEER PORTO 7
COMPETIÇÃO OFICIAL:
Júri: Amarante Abramovici (Realizadora, Programadora), Daniel Gorjão (Ator, Programador), larose s. larose (Artista)
Melhor Filme: “Deus tem AIDS”, de Fábio Leal & Gustavo Vinagre (Brasil, 2021, 82’)
“Deus Tem AIDS é falar no agora de um tema com quarenta anos, que nos desafia a uma renovada leitura do que é a vida de alguém portador da doença. Através da soberba e inclusiva escolha de protagonistas, e das suas práticas artísticas, este é um filme de empoderamento e consciencialização para uma realidade ignorada, quando não estigmatizada. Um filme que nos fala da vida e não de vítimas”.
Menção Especial: “Genderation”, de Monika Treut (Alemanhã, 2021, 88’)
“Uma representação rara e muito necessária de pessoas trans mais velhas. Um projeto vital para a nossa comunidade, para documentar essas histórias de esperança; tão relevante e poderoso hoje quanto a genderation era há vinte anos atrás”.
Prémio do Público: “Deus tem AIDS”, de Fábio Leal & Gustavo Vinagre (Brasil, 2021, 82’)
COMPETIÇÃO DE FILMES DE ESCOLA PORTUGUESES IN MY SHORTS:
Júri: Amarante Abramovici (Realizadora, Programadora), Daniel Gorjão (Ator, Programador), larose s. larose (Artista)
Melhor Filme: “Mansa”, de Mariana Bártolo (Portugal, Alemanha, 2021, 22’)
“Um filme que cativa pela sua genuinidade, pela complexidade na composição das personagens e direção de atores, retratando uma realidade com múltiplos sentidos de leitura. Uma obra que nos deixa com vontade de ver mais trabalho de Mariana Bártolo”.
PRÉMIO CASA COMUM:
Júri: Ana Gabriela Cabilhas (Presidente da Federação Académica do Porto), Jorge Gato (Psicólogo), Marinela Freitas (Investigadora)
Melhor Filme: “O Teu Nome É”, de Paulo Patrício (Portugal, Bélgica, 2021, 24’)
“Por apresentar uma forte crítica social em relação à violência contra os corpos trans, migrantes, doentes, pobres, tornados precários, e invisibilizados; por fazer esta crítica a partir de uma história local, mas que é também universal; por trazer um novo olhar sobre a história de Gisberta, aliando o registo documental a uma linguagem estética original; e por manter viva a única voz ausente do filme no espaço da cidade”.
Menção Especial: “Tracing Utopia”, de Catarina de Sousa & Nick Tyson (Portugal, 2021, 26’)
“Por apresentarem um trabalho notável sobre a criação de espaços seguros para adolescentes que se identificam de forma não-binária; por sublinharem os efeitos do isolamento social no contexto da pandemia e a importância das comunidades queer; e por desenvolverem uma linguagem estética que alia o virtual ao real, aproximando-se assim do quotidiano das pessoas retratadas”.