Teve lugar esta noite, às 21h30, a Sessão de Encerramento do Festival Internacional de Cinema Queer - Queer Porto 10, no Batalha, onde foram anunciados os prémios da Competição Oficial e do Prémio Casa Comum.
A edição do 10º aniversário do Queer Porto conheceu um novo impulso, com a sua programação de cinema a acontecer no Batalha, na Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto e, pela primeira vez, no mítico ecrã do Passos Manuel, o que nos permitiu, não apenas chegar a diferentes públicos, mas também a apresentar uma programação mais eclética e abrangente, que ainda incluiu conversas, uma exposição e festas, com um significativo incremento de público em relação ao ano anterior.
Num ano particularmente desafiante em termos de realidade política e humanitária global, a programação do Queer Porto foi um reflexo e denúncia das vivências queer perante essas mesmas realidades, ao falar sobre a guerra na Ucrânia, o genocídio em Gaza, a ascensão das direitas na Europa, a crise das migrações; foi um festival sobre resistência, mas também sobre a criação de espaços seguros para as nossas comunidades e de como a partir desses espaços podemos construir utopias e intervir na sociedade com realidades alternativas, mais justas e inclusivas.
Palmarés Queer Porto 10:
COMPETIÇÃO OFICIAL
Júri: Claire Sivier, Laetitia Morais, Paulo Silva, Tiago Aires Lêdo
Melhor Filme:
El Polvo, Nicolás Torchinsky (Argentina, 2023, 73’)
"O desfazer de uma casa e enquanto se restitui a vida da Tia Juli, por via de planos próximos, íntimos mas de uma simplicidade surpreendente."
Menção Especial:
Lesvia, Tzeli Hadjidimitriou (Grécia, 2024, 78’)
"Consideramos que é um documento relevante para a história, quase onírica, de uma ilha e do seu encontro com a comunidade lesbica."
Prémio do Público:
Salão de Baile / This Is Ballroom, Juru, Vitã (Brazil, 2024, 92’)
PRÉMIO CASA COMUM
Júri: Conceição Nogueira, Marco Gabriel, Paulo Pereira
Melhor Filme:
Spillovers, Ritó Natálio, Aline Belfort (Portugal, 2024, 9’)
"Por se tratar de uma obra audaciosa e singular no cruzamento de diferentes artes (performance, música e literatura). Uma narrativa desafiadora de possibilidades ecotransfeministas explorando o trânsito de fronteiras e, deste modo, criando novas formas de expressão para as experiências e realidades queer."
Menção Especial:
Carta ao Pai / Letter to Dad, Rafael Ferreira (Portugal, 2023, 10’)
"Pela sua simplicidade e autenticidade, num registo autobiográfico capaz de criar ressonância emocional."